Alho mill

DDA MOBILE IDEAS

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

MANU CHAO, NO CIRCO VOADOR

Ainda 'na disposição', Manu Chao volta ao Circo Voador

RIO - Aos 50 anos de idade (feitos em junho), o francês Jose-Manuel Thomas Arthur Chao é um homem que está bem longe de querer ficar em casa, esperando a aposentadoria.- Toda oportunidade que tenho de correr o mundo eu aproveito. Ainda tô na disposição! E onde chego e gosto, me dá vontade de ficar mais - conta o popular Manu Chao, que se apresenta nesta quarta-feira, às 23h30m, no Circo Voador, meio que de surpresa, como explica:
- Na semana passada, eu tinha um show fechado em Recife. Pensei então: por que não passar uns dias no Rio?
Manu Chao divide a noite com o cantor pernambucano China, que conheceu há dois anos, em Recife, e que aproveita a noite para lançar na cidade o disco "Moto contínuo".
- Fui eu que dei a ideia de a gente fazer uma série de shows por aí - conta China. - Em Recife, rolou de ele fazer com o Mombojó. Em São Paulo, fomos os três juntos. E agora, no Rio, eu faço show antes dele. O lance é seguir esse esquema de apresentações em trio ou duplas.
Há 20 anos, o Rio foi a porta de entrada de Manu Chao no Brasil. Ele chegou, de navio, para se apresentar nos Arcos com seu grupo de então, o Mano Negra, durante a Rio 92. O show, antológico, teve participação até de Jello Biafra, ícone punk e vocalista dos Dead Kennedys.
- Minha primeira visão do Brasil foi a Praça Mauá, que já mudou bastante. Ali, eu me apaixonei pela cidade, pela vida carioca - diz o cantor, que depois viria a morar no Rio, em meados dos anos 1990.
De lá para cá, não parou de correr o Brasil, de compor músicas em português - vacilante-mas-esforçado (como o sucesso "Minha galera") - e de fazer colaborações musicais com brasileiros. Depois de participar de discos do Skank e dos Paralamas do Sucesso, ele agora está enamorado do carimbó. Gravou até com o guitarrista Aldo Sena, mestre da guitarrada do Pará.
Hoje, no Rio, Manu apresenta o show "La ventura", com uma banda menor do que de costume, formada por Madji Fahem (guitarra), Gambeat (baixo) e Gambacito (bateria).
- Tocamos arranjos mais simplificados, de reggae com rock'n'roll. Fazemos esse show há dois anos e estamos superfelizes com ele - diz o cantor.
Para o show carioca, Manu Chao promete sucessos solo ("Clandestino", "Minha galera"), canções do Mano Negra e algumas musicas que nunca gravou, como "Tadibobeira", outra que fez naquele seu português.
- As músicas que eu não gravei acabaram sendo as favoritas da galera - conta. - Nos últimos anos, meu processo de trabalho mudou. Minha vontade é ficar cantando no boteco, mais do que de ficar na frente do computador, gravando. Preciso da vida real - diz ele, que no dia 23 verá ser lançado um livro sobre sua vida, "Mano & Chao", escrito e desenhado pelo pintor polonês Wozniak, seu amigo. - Nem quis ler, deixei-o lançar na confiança. Já sei bastante sobre a vida desse tal de Manu Chao - brinca.
Apesar de querer distância dos programas de gravação dos computadores, o cantor celebra a tecnologia, que faz com que cada show rapidamente circule na internet.
- É para quem quiser pegar, o som está solto. Na verdade, estamos sempre gravando, mesmo sem entrar em estúdio. E as opções são múltiplas - diz.
Artista dos mais conhecidos entre o que um dia se convencionou chamar de world music, Manu Chao diz que há uma fartura de coisas interessantes acontecendo. No momento, por exemplo, suas atenções voltam-se para as criações do DJ macedônio Kiril Dzajkovski.
- Hoje, as pessoas não têm vergonha de usar os estilos musicais dos seus países, acabou aquela pressão da musica anglo-saxã. Em cada lugar, a música é infinita - defende.

Nenhum comentário:

Postar um comentário