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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

FAMILIA VAN HALEN

Guitarras barulhentas e vocais galhofeiros: nada mais Van Halen

RIO - Quando o quarteto californiano Van Halen lançou seu último disco com seu cantor original, o performático David Lee Roth, "1984" (no ano em questão), Wolfgang Van Halen não era sequer nascido. Vinte e oito anos depois, o moleque bochechudo, hoje com 20, participa ativamente da empresa da família. Ao lado do pai, Edward (guitarra), e do tio, Alex Van Halen (bateria), os irmãos holandeses que formaram, nos anos 1970, uma banda tida inicialmente como xerox do Led Zeppelin, o "pequeno" Wolfie já entrou para a História: ele é o titular do baixo em "A different kind of truth", disco que marca a improvável (nos anos 1990, quando o VH vendia milhões de discos com outro louro nos vocais, Sammy Hagar, qualquer pessoa pagaria dez para um se acontecesse) reunião de Dave com os irmãos Van Halen. Infelizmente, Michael Anthony, baixista com três décadas de VH no currículo, não foi convidado para a reforma da banda -- e ficou com Hagar em seu projeto atual, o Chickenfoot.O barbudo Anthony faz falta, mas a guitarra de Eddie Van Halen, sozinha, já é o bastante para o logotipo do VH alado ser estampado na capa (ainda que digital) de um disco. Com a voz de Diamond Dave (em excelente forma aos 56 anos, sem a juba de outrora, claro) e a bateria técnica e barulhenta de Alex, não será o competente baixo do fedelho Wolfie que vai comprometer.
"Tattoo", que já contabiliza milhões de cliques nos youtubes da vida, abre o disco com aquela irrefutável cara de Van Halen, a guitarra elegante de Eddie, uma batida lenta e a voz grave do cantor. Apesar do refrão bobo ("Tat-too, tat-too"...), a música é um perfeito cartão de visitas: a família Van Halen-Roth se diverte fazendo um rockzinho, com uma produção precisa (assinada pela banda e por John Shanks), que deixa os instrumentos todos audíveis, na frente.
Embora as composições não sejam as mais inspiradas - falta um musicão como "Jump" ou "Dance the night away", mas talvez isso seja pedir demais, tantos anos depois -, todos os elementos da estética vanhalenesca estão lá: as levadas da guitarra levemente abafadas ("Blood and fire"), os solos impossíveis e rifs a mil por hora ("She's the woman", "China town"), os ecos de Elvis na voz de Dave, as harmonias vocais e - nesse caso, havia apreensão - o entrosamento entre baixo e bateria como se se tratasse de uma relação sanguínea. O que, aliás, agora é verdade.

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