Primeira mulher a comandar uma UPP recebe prêmio internacional nos EUA
O prêmio é um luxo para Pricilla, evangélica da Assembleia de Deus, criada no subúrbio. Em 2007, ela sofreu um sequestro-relâmpago. Foi levada com uma arma enfiada na boca até uma favela em Niterói. Quando a identificaram como policial, ela apanhou, mas conseguiu fugir. Catou um por um seus detratores; só falta um. Em 2008, a major Pricilla recebeu das mãos do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, a importante missão de comandar a ocupação da UPP no Morro Dona Marta, em Botafogo.
Beltrame não esconde de ninguém a admiração que tem pela história de Pricilla de Oliveira Azevedo, de origem humilde, parecida com a dos moradores da comunidade que protegeu por três anos. No início, chegou a andar de fuzil pelas vielas. Depois da pacificação, adotou a pistola. Mas a arma da major sempre foi mesmo a conversa. Junto com a repreensão no olhar, era imbatível. Pode parecer politicamente correta, mas, dizem, que se transformava em operações policiais. Estudante de direito, a major - que deixou até afilhados na favela - só saiu do Dona Marta para assumir o desafio de cuidar de todos os projetos estratégicos da pasta. Claro que o foco principal são as UPPs.
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